Até quando seu filho será apenas uma criança?
O ano era 2000, 17:10 h de uma Quarta-feira. O dia era 04 e o mês, precisamente Janeiro.
03 dias antes a futura mamãe pulava as "7 ondinhas" e imediatamente depois fazia uma promessa: Este menino será apenas uma criança feliz neste mundo de tamanha podridão e decadência. Eis que veio ao mundo o menino, seu nome: Margos. Que bebê mais lindo, "coisinha mais fofa", sua pele caiçara, seus olhos verdes como rubis recentemente lapidados. Seus cabelos lisos e brilhantes de cor preta. Logo após os rituais padrão perante ao nascimento, Margos retornou do banho e também já havia sido amamentado por sua mãezinha.
Margos estava pronto para a sequência de visitas que se iniciaria em instantes e que por praxe duraria aproximadamente 3 dias ininterruptos. O interessante é que estas visitas já são padronizadas em dias e horários nos hospitais. Digo nos hospitais pois ao receberam alta médica, as mães vão para casa, porém o que muda são apenas os horários, pois as visitas continuam. Em muitas vezes a visita ajuda e em outras apenas "enchem o saco." Mas também, mesmo em meio à uma visita ou outra, tanto o Pai como a Mãe de Margos tinham que receber os novos e velhos "entrantes" de forma harmônica e auspiciosa, pois é o mínimo que se espera de pessoas educadas. Mas para Margos? Tadinho, me desculpem o termo mas para ele, na boa? Foda-se! Não entendia nada mesmo e era apenas uma criança.
E o pouco tempo foi passando. Não num salto temporal igual a novela em que a mocinha tava na pré-escola ontem e no próximo capítulo aparece grávida e cursando a faculdade.
O tempo passou na medida temporal que tem que ser: O 1° passo - A primeira frase. A primeira creche. Etc. Enfim, o 1° tudo na vida de uma criança. Lembro-me de uma vez que os Pais de Margos participavam de um churrasco e todas as crianças estavam de mais naquele dia, porém Margos, estava no nível 13, numa escala de 0 a 10. E de repente "bang" Margos caiu de "cara" numa quina próxima a piscina. Resumo: Fim do churrasco para os Pais, para Margos e alguns pontos na testa, precisamente, 9 pontos. Ao serem perguntados alguns dias depois do churrasco, os pais de Margos responderam: Tranquilo, são só alguns pontos e Margos é apenas uma criança. Detalhe: Apenas Margos se machucou naquele dia. Acontece, afinal é uma criança, poh!
Deste episódio em diante, Margos passou a viver sempre sob a batuta cega e intransigente de seus Pais, que sempre reafirmavam: Margos é só uma criança.
Certa vez os Pais de Margos foram chamados à escola. Ele utilizou-se de um lápis bem apontado para furar a face de um colega de classe. O Motivo? O coleguinha havia dito que Margos era "chato". O ferimento foi tão sério que a perfuração transpôs o lábio superior do garoto e atingiu a arcada dentária. Além de reparos emergências, o valores gasto em medicamentos pelos Pais da "vítima" de Margos, foram consideráveis. Realmente consideráveis.
Este acontecimento foi em 2011, mas por ser "apenas uma criança" mal assessorada pela doce cegueira de seus Pais, Margos foi absolvido. Justamente por ser "apenas uma criança."
Desde este pequeno incidente até o próximo, Margos começou aos poucos vestir-se e utilizar-se da carapuça, ou armadura criada especialmente para ele. Suas respostas, mesmo para coisas muito simples, eram sempre baseadas e apoiadas na promessa de sua mãe e no que ela lhe ensinara. Ele sempre dizia: Já vou, calma!!! Espera, poh! Quando eu terminar aqui já vou. Só eu pra fazer tudo? Faz você! Sou só uma criança, mãe. Sou só uma criança, Pai. E assim o tempo foi passando e a eterna criança crescendo juntamente com seus Pais naquela bolha chamada: Vida perfeita.
Nem tudo era ruim, Margos, era uma "criança normal" em ascensão. O problema é que ele era uma verdadeira bomba-relógio com horário aleatório e nunca se sabia quando e ou o que estaria prestes à acontecer.
Em 2014, das peripécias de Margos, a que fez seus Pais acordarem foi uma ligação do 27° DP da Cidade. Margos tinha sido "recolhido" para averiguação. Ele portava 2 pinos de cocaína e uma porção de maconha na mochila. Quando seus Pais chegaram ao local, a Mãe já foi dando o seu cartão de visitas. Disse ela: Seu Polícia pode soltar meu filho já! Ele é só uma criança! Mas essa foi a primeira vez que ela recebeu uma reprimenda. O Policial muito educado respondeu: Olha minha Sra. depois que passarmos todos os trâmites e a Sra e seu Esposo assinarem os documentos necessários seu filho irá sim com a Sra. mas lhe adianto, ele precisa da supervisão de vocês, pois o encontramos com pessoas mais velhas que ele, e ao perceberem nossa chegada jogaram o "b.o" para ele segurar. Não sei em que mundo ele e vocês vivem mas fiquem em alerta pois na próxima ele pode não ter tanta sorte. Sabem por que? Porque na abordagem levei em consideração o fato de eu ter um filho de 14 anos assim como o seu. A diferença é que o meu saiu da aula de natação e foi direto para o inglês, e aproveitando o ensejo, meu turno está acabando então vou lhes ajudar aqui no encerramento da ocorrência e vou buscar meu menino.
O tempo foi passando e com o passar dos meses e anos, Margos passou a ser o linha de frente dos amiguinhos. Biscoito ou bolacha? Tanto faz, era só incentivar que, Margos entrava no mercadinho e enquanto seus amiguinhos davam cobertura e assim ele saia com 1 ou 2 pacotes escondidos na cueca. Chutar cachorro na rua, responder mal pessoas mais velhas, roubar guloseimas, brigar na escola, etc. Margos não era uma má pessoa até que passou a ser. Ele não havia tido limites até então e no mundo dele o que ele fazia não era errado mesmo sabendo lá no fundo que também não era o certo.
Com valores indefinidos a vida acabou gerando preços absurdos. O preço à ser pago por atitudes erradas e impensadas de Margos levou a família à beira do caos. O então menino já estava com 16 anos e só não estava preso ou morto ainda porque seu pai acordou e se libertou da "bolha" naquele fatídico dia em que foi chamado à delegacia. A essa altura, Margos estava usando drogas, fumava cigarros regularmente e sem dinheiro para sustentar-se, passou a cometer pequenos furtos em casa. 1º foram trocados da carteira do Pai e da bolsa de sua Mãe. Porém quando os trocados não foram mais suficientes, Margos passou a roubar quantias maiores e a se desfazer de suas coisas como seu X-BOX, sua bike Specialized, etc. Seu Pai o reprimiu, até esbofeteou seu filho, mas a "Super Mãe" interveio e mesmo com todas as provas de que seu filho tornara-se um delinquente, o protegeu e quem pagou o preço foi o Pai, que não aguentou mais a situação e foi embora. Dias depois chegou até a mãe, o pedido de divórcio encaminhado pelos advogados do Pai de Margos.
Certa de que o Pai foi um fraco e foi embora quando ela mais precisava, a Mãe do eterno menino, enxugou as lágrimas, passou por cima da tristeza, sacudiu a poeira e deu a volta por cima. Volta essa que durou apenas 2 semanas após a partida do Pai. Motivo? (De novo)? Sim, Margos agora seria Pai. Numa brincadeira inocente com uma menina de aproximadamente 15 ou 16 anos, após se conhecerem e se entorpecerem de maconha o dia todo, sem prevenção nenhuma, e com a precisão de poucos e loucos, os dois conseguiram engravidar na primeira transa. Isso havia acontecido 4 meses antes do Pai ter ido embora, porém Margos só soube quando a menina o procurou e o chamou para conversar.
Se a mãe de Margos tivesse assistido ao filme Tropa de Elite, ela teria olhado para ele e dito: "Tá querendo me F**er, me beija, p***" Era só "cagada" do moleque para cima dela.
Os Pais da garota a deserdaram. Não seria justo julgá-los, mas eles ao largarem de mão, disseram que a menina teve tudo. Amor, carinho, estudo de qualidade, mesada, atenção etc. mas, desde que ela se envolveu com Margos ela passou a chegar em casa drogada e com enorme frequência. Detalhe, o aumento da frequência no abuso de drogas, foi na mesma proporção do aumento do desaparecimento de bens e pequenas quantias a cada vez que ela entrava e saia de casa. Então eles se cansaram e entregaram a mão dela a Margos. Que sejam felizes na vida que escolheram ter.
Para Margos tudo era possível e válido. O único que se opôs a ele era seu Pai e este já não estava mais presente. Então, diante das circunstâncias, ele levou sua "namoradinha" para morar com ele e sua mãe. Ao ver as malas e os 2 chapados à sua frente, a mãe de Margos quase enlouqueceu, mas o que mais ela poderia fazer? Ela os acolheu e ajeitou o cantinho deles.
O tempo passou, e não tendo a sorte de outras "meninas" de pouca idade que se envolvem com caras como Margos, sua namoradinha teve uma complicação aos 7 meses de gravidez. Ambos morreram (mãe e bebê) pouco tempo depois de chegarem na emergência do hospital. Até poderiam ter sido salvos se fossem encaminhados e ou alguém tivesse solicitado o socorro com um pouco mais de antecedência, o problema é que Margos ficou fora de casa o dia todo. E ele não estava trabalhando, mas sim fumando craque com a nova galera. Sua mãe sim estava se matando de trabalhar e foi ela quem acionou o resgate logo que pôs os pés em casa e viu a menina caída envolta do próprio sangue.
Margos foi cair em si quase uma semana depois, nem no velório foi pois por dias ele não sabia nem onde estava, só sabia que estava e louco permanecia. Sua mãe cuidou de tudo juntamente com os Pais da garota, arrasados e se sentindo culpados. Bom, não vem ao caso.
2018 Chegou e junto com a campainha do apartamento um sentimento de retorno e alívio, pelo olho mágico a Mãe confirmou que ali estava seu filho. Mas ao abrir a porta uma dor a invadiu. Seu filho já não era mais o mesmo e a eterna criança sumiu. Margos esfaqueou a própria mãe à mesma medida em que entrava e fechava a porta para não chamar a atenção dos vizinhos. Ele estava louco de drogas e não estava sozinho, lá em baixo seus credores o esperavam ansiosamente. Como não podia mais pagar, na verdade nunca pode pagar por seus vícios, seus credores entraram em sua mente e pediram para se virar e arrumar o valor devido pois daquele dia sem o dinheiro em mãos ele viraria estatística.
Margos nunca teve valores definidos e quem mais lhe amou na vida, desfalecia nos seus braços, com uma lâmina cravada em sua barriga. Apenas o olhar, nem um grito de dor e nem um gemido. Era apenas o olhar da mãe que dizia:
-Podia ter sido muito diferente se eu tivesse ensinado valores ao meu menino.
Não, se sabe o paradeiro de Margos depois do ocorrido, mas para um cara que mata a própria mãe, com certeza deve ter morrido.
O ano era 2000, 17:10 h de uma Quarta-feira. O dia era 04 e o mês, precisamente Janeiro.
03 dias antes a futura mamãe pulava as "7 ondinhas" e imediatamente depois fazia uma promessa: Este menino será apenas uma criança feliz neste mundo de tamanha podridão e decadência. Eis que veio ao mundo o menino, seu nome: Margos. Que bebê mais lindo, "coisinha mais fofa", sua pele caiçara, seus olhos verdes como rubis recentemente lapidados. Seus cabelos lisos e brilhantes de cor preta. Logo após os rituais padrão perante ao nascimento, Margos retornou do banho e também já havia sido amamentado por sua mãezinha.
Margos estava pronto para a sequência de visitas que se iniciaria em instantes e que por praxe duraria aproximadamente 3 dias ininterruptos. O interessante é que estas visitas já são padronizadas em dias e horários nos hospitais. Digo nos hospitais pois ao receberam alta médica, as mães vão para casa, porém o que muda são apenas os horários, pois as visitas continuam. Em muitas vezes a visita ajuda e em outras apenas "enchem o saco." Mas também, mesmo em meio à uma visita ou outra, tanto o Pai como a Mãe de Margos tinham que receber os novos e velhos "entrantes" de forma harmônica e auspiciosa, pois é o mínimo que se espera de pessoas educadas. Mas para Margos? Tadinho, me desculpem o termo mas para ele, na boa? Foda-se! Não entendia nada mesmo e era apenas uma criança.
E o pouco tempo foi passando. Não num salto temporal igual a novela em que a mocinha tava na pré-escola ontem e no próximo capítulo aparece grávida e cursando a faculdade.
O tempo passou na medida temporal que tem que ser: O 1° passo - A primeira frase. A primeira creche. Etc. Enfim, o 1° tudo na vida de uma criança. Lembro-me de uma vez que os Pais de Margos participavam de um churrasco e todas as crianças estavam de mais naquele dia, porém Margos, estava no nível 13, numa escala de 0 a 10. E de repente "bang" Margos caiu de "cara" numa quina próxima a piscina. Resumo: Fim do churrasco para os Pais, para Margos e alguns pontos na testa, precisamente, 9 pontos. Ao serem perguntados alguns dias depois do churrasco, os pais de Margos responderam: Tranquilo, são só alguns pontos e Margos é apenas uma criança. Detalhe: Apenas Margos se machucou naquele dia. Acontece, afinal é uma criança, poh!
Deste episódio em diante, Margos passou a viver sempre sob a batuta cega e intransigente de seus Pais, que sempre reafirmavam: Margos é só uma criança.
Certa vez os Pais de Margos foram chamados à escola. Ele utilizou-se de um lápis bem apontado para furar a face de um colega de classe. O Motivo? O coleguinha havia dito que Margos era "chato". O ferimento foi tão sério que a perfuração transpôs o lábio superior do garoto e atingiu a arcada dentária. Além de reparos emergências, o valores gasto em medicamentos pelos Pais da "vítima" de Margos, foram consideráveis. Realmente consideráveis.
Este acontecimento foi em 2011, mas por ser "apenas uma criança" mal assessorada pela doce cegueira de seus Pais, Margos foi absolvido. Justamente por ser "apenas uma criança."
Desde este pequeno incidente até o próximo, Margos começou aos poucos vestir-se e utilizar-se da carapuça, ou armadura criada especialmente para ele. Suas respostas, mesmo para coisas muito simples, eram sempre baseadas e apoiadas na promessa de sua mãe e no que ela lhe ensinara. Ele sempre dizia: Já vou, calma!!! Espera, poh! Quando eu terminar aqui já vou. Só eu pra fazer tudo? Faz você! Sou só uma criança, mãe. Sou só uma criança, Pai. E assim o tempo foi passando e a eterna criança crescendo juntamente com seus Pais naquela bolha chamada: Vida perfeita.
Nem tudo era ruim, Margos, era uma "criança normal" em ascensão. O problema é que ele era uma verdadeira bomba-relógio com horário aleatório e nunca se sabia quando e ou o que estaria prestes à acontecer.
Em 2014, das peripécias de Margos, a que fez seus Pais acordarem foi uma ligação do 27° DP da Cidade. Margos tinha sido "recolhido" para averiguação. Ele portava 2 pinos de cocaína e uma porção de maconha na mochila. Quando seus Pais chegaram ao local, a Mãe já foi dando o seu cartão de visitas. Disse ela: Seu Polícia pode soltar meu filho já! Ele é só uma criança! Mas essa foi a primeira vez que ela recebeu uma reprimenda. O Policial muito educado respondeu: Olha minha Sra. depois que passarmos todos os trâmites e a Sra e seu Esposo assinarem os documentos necessários seu filho irá sim com a Sra. mas lhe adianto, ele precisa da supervisão de vocês, pois o encontramos com pessoas mais velhas que ele, e ao perceberem nossa chegada jogaram o "b.o" para ele segurar. Não sei em que mundo ele e vocês vivem mas fiquem em alerta pois na próxima ele pode não ter tanta sorte. Sabem por que? Porque na abordagem levei em consideração o fato de eu ter um filho de 14 anos assim como o seu. A diferença é que o meu saiu da aula de natação e foi direto para o inglês, e aproveitando o ensejo, meu turno está acabando então vou lhes ajudar aqui no encerramento da ocorrência e vou buscar meu menino.
O tempo foi passando e com o passar dos meses e anos, Margos passou a ser o linha de frente dos amiguinhos. Biscoito ou bolacha? Tanto faz, era só incentivar que, Margos entrava no mercadinho e enquanto seus amiguinhos davam cobertura e assim ele saia com 1 ou 2 pacotes escondidos na cueca. Chutar cachorro na rua, responder mal pessoas mais velhas, roubar guloseimas, brigar na escola, etc. Margos não era uma má pessoa até que passou a ser. Ele não havia tido limites até então e no mundo dele o que ele fazia não era errado mesmo sabendo lá no fundo que também não era o certo.
Com valores indefinidos a vida acabou gerando preços absurdos. O preço à ser pago por atitudes erradas e impensadas de Margos levou a família à beira do caos. O então menino já estava com 16 anos e só não estava preso ou morto ainda porque seu pai acordou e se libertou da "bolha" naquele fatídico dia em que foi chamado à delegacia. A essa altura, Margos estava usando drogas, fumava cigarros regularmente e sem dinheiro para sustentar-se, passou a cometer pequenos furtos em casa. 1º foram trocados da carteira do Pai e da bolsa de sua Mãe. Porém quando os trocados não foram mais suficientes, Margos passou a roubar quantias maiores e a se desfazer de suas coisas como seu X-BOX, sua bike Specialized, etc. Seu Pai o reprimiu, até esbofeteou seu filho, mas a "Super Mãe" interveio e mesmo com todas as provas de que seu filho tornara-se um delinquente, o protegeu e quem pagou o preço foi o Pai, que não aguentou mais a situação e foi embora. Dias depois chegou até a mãe, o pedido de divórcio encaminhado pelos advogados do Pai de Margos.
Certa de que o Pai foi um fraco e foi embora quando ela mais precisava, a Mãe do eterno menino, enxugou as lágrimas, passou por cima da tristeza, sacudiu a poeira e deu a volta por cima. Volta essa que durou apenas 2 semanas após a partida do Pai. Motivo? (De novo)? Sim, Margos agora seria Pai. Numa brincadeira inocente com uma menina de aproximadamente 15 ou 16 anos, após se conhecerem e se entorpecerem de maconha o dia todo, sem prevenção nenhuma, e com a precisão de poucos e loucos, os dois conseguiram engravidar na primeira transa. Isso havia acontecido 4 meses antes do Pai ter ido embora, porém Margos só soube quando a menina o procurou e o chamou para conversar.
Se a mãe de Margos tivesse assistido ao filme Tropa de Elite, ela teria olhado para ele e dito: "Tá querendo me F**er, me beija, p***" Era só "cagada" do moleque para cima dela.
Os Pais da garota a deserdaram. Não seria justo julgá-los, mas eles ao largarem de mão, disseram que a menina teve tudo. Amor, carinho, estudo de qualidade, mesada, atenção etc. mas, desde que ela se envolveu com Margos ela passou a chegar em casa drogada e com enorme frequência. Detalhe, o aumento da frequência no abuso de drogas, foi na mesma proporção do aumento do desaparecimento de bens e pequenas quantias a cada vez que ela entrava e saia de casa. Então eles se cansaram e entregaram a mão dela a Margos. Que sejam felizes na vida que escolheram ter.
Para Margos tudo era possível e válido. O único que se opôs a ele era seu Pai e este já não estava mais presente. Então, diante das circunstâncias, ele levou sua "namoradinha" para morar com ele e sua mãe. Ao ver as malas e os 2 chapados à sua frente, a mãe de Margos quase enlouqueceu, mas o que mais ela poderia fazer? Ela os acolheu e ajeitou o cantinho deles.
O tempo passou, e não tendo a sorte de outras "meninas" de pouca idade que se envolvem com caras como Margos, sua namoradinha teve uma complicação aos 7 meses de gravidez. Ambos morreram (mãe e bebê) pouco tempo depois de chegarem na emergência do hospital. Até poderiam ter sido salvos se fossem encaminhados e ou alguém tivesse solicitado o socorro com um pouco mais de antecedência, o problema é que Margos ficou fora de casa o dia todo. E ele não estava trabalhando, mas sim fumando craque com a nova galera. Sua mãe sim estava se matando de trabalhar e foi ela quem acionou o resgate logo que pôs os pés em casa e viu a menina caída envolta do próprio sangue.
Margos foi cair em si quase uma semana depois, nem no velório foi pois por dias ele não sabia nem onde estava, só sabia que estava e louco permanecia. Sua mãe cuidou de tudo juntamente com os Pais da garota, arrasados e se sentindo culpados. Bom, não vem ao caso.
2018 Chegou e junto com a campainha do apartamento um sentimento de retorno e alívio, pelo olho mágico a Mãe confirmou que ali estava seu filho. Mas ao abrir a porta uma dor a invadiu. Seu filho já não era mais o mesmo e a eterna criança sumiu. Margos esfaqueou a própria mãe à mesma medida em que entrava e fechava a porta para não chamar a atenção dos vizinhos. Ele estava louco de drogas e não estava sozinho, lá em baixo seus credores o esperavam ansiosamente. Como não podia mais pagar, na verdade nunca pode pagar por seus vícios, seus credores entraram em sua mente e pediram para se virar e arrumar o valor devido pois daquele dia sem o dinheiro em mãos ele viraria estatística.
Margos nunca teve valores definidos e quem mais lhe amou na vida, desfalecia nos seus braços, com uma lâmina cravada em sua barriga. Apenas o olhar, nem um grito de dor e nem um gemido. Era apenas o olhar da mãe que dizia:
-Podia ter sido muito diferente se eu tivesse ensinado valores ao meu menino.
Não, se sabe o paradeiro de Margos depois do ocorrido, mas para um cara que mata a própria mãe, com certeza deve ter morrido.
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