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MATRIX

Como diz o Galvão Bueno em suas narrações esportivas: "Bem amigos...Haja coração..."

Entrei em 2018 com o pé direito e como em todas as tentativas "falhas" anteriores, a atual sempre será a que dará certo. E nos primeiros 10 dias do ano estava dando certo mesmo. Afinal, eu já sabia pelo o que eu passaria nos próximos dias. Teria dores de cabeça, de estômago, travaria minha atividade intestinal, irritação, estresse, sonolência, etc. Ah, já ia me esquecendo, também apareceria um dos sintomas que eu o considero como um dos mais importantes se não o mais, que é a S.A.R.A.I.V.A.B.I.L.I.D.A.D.E que o denomino como: Nível elevado de patadas desnecessárias / necessárias devido ao grau das perguntas feitas a mim.

Exemplos: 

1 - Será que vai chover hoje?
R: Não sei. Não sou a Maju.

2 - Ou então eu postar uma foto pós corrida, perguntarem - Eder você foi correr hoje?
R: Não. Estou entrando na vibe do T.B.T.

3 - E agora é pra valer? Por que toda vez você para e volta a fuma, será que dessa vez vai?
R: Não. Na verdade vou voltar sim, essa é a meta. Passar pela crise de abstinência por esporte e depois voltar a fumar.

Parece grosserias gratuitas de minha parte, mas muitas pessoas que tentam largar o V.I.T pelo método força de vontade passam exatamente por estes sintomas.

E os dias se passavam e eu me sentindo cada vez mais forte. A essa altura eu já me apegava aos atalhos que me levavam para longe da primeira tragada. Tudo correndo bem até uma séria discussão, vale ressaltar que era uma bobagem que tomou alta proporção e adivinhem? Sim. Mais 01 cigarro acendido que virou estopim para vários outros e novamente lá estava eu fumando novamente. Esse retorno ao V.I.T durou aproximadamente 15 dias e antes que o mês de Janeiro terminasse eu já começara outro ciclo de cessação. Novamente um longo caminho, mas desde a descoberta de que todo aquele universo do vício me fazia mal, valeria toda a tentativa de cessá-lo. Aquela altura, toda tentativa, frustrada ou não, me trazia benefícios e mais experiência.




Aprendi também que, a limpeza interna, a pureza das coisas. A beleza de não estar colocando nicotina dentro do meu corpo, estava no caminho e não em um resultado final. Não é difícil de entender e nem tão complicado. Os melhores dias após a cessação estavam justamente no dia-após-dia da cessação. O dia posterior era sempre melhor que o anterior e assim por diante. E assim as coisas iam se encaixado até que eu quebrava a cessação por esse ou outro motivo. Comecei a ver que não era questão de força de vontade. E de verdade comecei a perceber tudo isso sim, mas até a véspera do carnaval. E não foi por farra ou fraqueza. Faltavam 2 dias para o carnaval. Eu estava muito bem, sem fumar, entendendo cada dia como sendo melhor que o anterior, não estava me irritando à toa e o melhor de tudo: Eu estaria de férias na Quarta-Feira de cinzas. Como esperei por estas férias, como... E ela seria (SERIA) muito diferente das outras pois estava limpo à alguns dias, já estava no período pós abstinência, então as férias viriam (VIRIAM) para cessar de vez o V.I.T (Vício numa imbecilidade sem tamanho). Mas no 08/02/2018 recebi a notícia de que meu parceiro de trabalho estava se desligando da empresa em que trabalho e que por ser uma empresa de pequeno porte, não houve quem cobrisse minhas férias (sic). Chorei, viu!? E como. Tive que abrir mão do tão esperado descanso, vesti a camisa da empresa (estamos juntos a 8 anos) e ao invés de descansar trabalhei, ao invés de ser coberto eu cobri, e por último o que era para ser uma separação irreversível teve uma recaída e acabei convidando a nicotina para dormir comigo aquele dia. Aqueles dias...Algumas semanas...Dois meses, etc. E sabemos como é, vai ficando e quando vemos já está instalado (a) novamente. Só que desde que reatamos (nicotina e eu), parei de lutar passionalmente contra ela e comecei a me embasar. No final de Maio, me interessei por leituras aleatórias que me levaram à livros, vídeos, imagens, depoimentos etc. Todo esse acervo que elenquei acima é "por enquanto" relacionado apenas ao tabagismo, que no meu caso sempre chamarei meu vício de V.I.T (vício num imbecilidade sem tamanho).

Pessoal o que se passará na minha vida a partir destes arquivos, a partir deste acervo de informações é algo extremamente surreal. Fui inundado por informações e agora não paro mais. Me sinto o personagem Thomas Anderson / Neo, da série Matrix.





Se eu tivesse me aprofundado nestes ensinamentos antes, eu nunca teria colocado um cigarro na boca. O Poder que temos é tão infinitamente grande que hoje digo que nunca coloquei um cigarro na boca e que nunca colocarei.

Em breve explicarei melhor tal afirmação.




Abra sua mente.

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