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MOONWALK

Enfim retornamos do litoral. Mais 2 dias de folga antes de realmente começar o ano de 2017.
Estávamos exaustos, porém felizes pois em relação ao esperado foi bom, na verdade foi o passeio bem melhor que o esperado. Salvo exceções do "burro" aqui.

Mas "agorairia, né? Tinha que ir. Poxa, eu já sabia a causa, sabia como resolver então tinha que resolver logo. Então me propus: Fumarei estes 02 dias e ao retornar ao trabalho "já era". Não fumarei mais...

Afinal Michael era o único ser que eu vi que sabia "andar para trás" e isso não era o meu caso. Não questão de eu dominar tal arte e sim saber que eu estava indo para trás, não estava prosperando, não tava progredindo, muito menos seguindo em frente.



Os primeiros dias após ter retornado ao trabalho e sem fumar, até que foram legais. Claro que eu estava me sentido muito estranho, irritado, sem um pingo de paciência, sonolento etc. Eu sabia o que era, e também que em alguns dias passaria. O nome disso é abstinência. Como eu sabia? Nós seremos humanos temos a memória muito curta, na verdade muito pouco trabalhada. Eu já havia passado por aquelas sensações de abstinência tantas outras vezes. Passei porque comecei a me incomodar com o cigarro desde que tive que relevar ao meu Pai, que eu era um fumante regular aos 13 anos de idade. Na verdade não foi uma revelação, pois quando cheguei em casa num dia qualquer daquele ano, ele já estava sabendo via um informante que nunca descobriria qual era. "Né Mãe" (sic).

Então e desde então tentativas frustadas de parar de fumar se sucederam em minha vida. Foram 23 anos (1995 - 2018) de prisão ao tabaco e várias tentativas frustadas de cessar a auto-intoxicação via meu V.I.T. Vício numa imbecilidade sem tamanho.

Voltando aos primeiros dias de cessação / 2017, por aproximadamente 10 dias estava tudo praticamente bem. Apesar dos efeitos da abstinência eu estava sobrevivendo. E sobreviver é um dos piores erros de quem cessa ou quer cessar o consumo dessa droga. Mas este assunto entrará com força máxima mais a frente.

Eu estava sobrevivendo e no meu consciente acreditava que venceria, mas meu subconsciente estava apenas esperando uma oportunidade para me F***. Literalmente.

Num dia sequencial qualquer, levantar da cama já começou tudo errado. O pé errado, o celular que caiu no chão, o café que havia acabado, meu time tinha perdido, contas chegariam e ao final do dia eu discutiria com minha esposa. Pronto, a M*%&** tava feita. Recorri como um animal faminto ao primeiro cigarro disponível. Não tinha em casa? Então corre comprar. E o subconsciente dizendo: SÓ O CIGARRO VAI SALVAR SEU DIA. Que idiotice dizer isso, mas salvou. Não que tenha feito bem, longe disso, mas em outro post eu explico essa falta sensação de prazer que ele proporciona. Hoje eu posso dizer que sei o caminho e as respostas contra ele.

Apenas o primeiro foi acendido e uma enxurrada de outros mais vieram e então, o ele voltou. O fumante.

Passaram-se alguns dias, quase um mês até o carnaval e as promessas voltaram também. Nem tanto para os outros, mas para mim mesmo. Sempre marcando uma data e me furtando e furtando minha família também, afinal eu já sabia o quanto aquilo custava, era algo em torno de R$ 300,00 ao mês, R$ 3.650,00 reais ao ano. Ao mês as vezes era até mais, com certeza algum mês deve ter beirado os R$ 500,00 reais. Quem fuma sabe, rolou um churrasco, ou qualquer outro lazer e ou situação de estresse, o consumo aumenta consideravelmente.

As datas foram prometidas. Algumas iniciadas e sempre boicotadas e outras nem iniciadas foram, mas sim postergadas.

Me lembro bem delas:

* Depois do carnaval eu paro = Iniciada, duração: 5 dias;

* Na Pascoa eu paro = Meus irmãos e eu iniciamos o caminho da fé (Itu x Pirapora) a pé. 42 km aproximadamente. Paramos no 38 km. Não chegamos e pela frustração eu continuei fumando sob a alegação de que não cumprimos a missão;

* No meu aniversário eu paro (Junho) = Nem comecei, fumei mais ainda, principalmente no dia do aniversário;

* No aniversário do meu filho eu paro = Iniciado, duração de 8 dias aproximadamente. No primeiro estresse, voltei novamente.

* No aniversário de morte do meu Pai (faleu devido ao uso desenfreado de cigarro 1960 - 2015) eu paro = Não consegui, fiquei deprimido, comprei bebida e uns 2 maços de cigarro e fiquei chorando ouvindo algumas músicas, pensando nele;

* Natal eu paro = (Risos sem humor, tá?!) = Não consegui (sic);

* Ano novo eu paro = OPA!!! Acho que agora vai.

Chegou a virada 17 / 18, estávamos em melhor condição em relação ao ano passado, claro né (sic). neste ano não tínhamos programado viagem para o litoral, por isso a falsa sensação de estarmos melhor que 2016, pois os R$ 1.500,00 do ano anterior estavam disponíveis. Mas algo em mim tinha mudado e todas as tentativas de cessação acima juntamente com as anteriores começaram a me colocar em cheque. Dentro de minha iniciaram-se batalhas do tipo: Lado claro da mente x lado obscuro. Lado inteligente x lado imbecil. Comecei a trabalhar algumas questões e a me dividir em três: Corpo, alma e mente. Então, comecei à estudar e planejar como eu poderia trabalhar aquilo tudo em conjunto e parar de fumar definitivamente.

Ou eu me descobria de uma vez por todas ou toda vez que me olhasse no espelho me sentiria como esse (eu) na imagem abaixo.



2018 o ano da revelação?





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